Por Altino Ventura
Esse texto é uma readaptação à matéria veiculada
nos site da Perkons, intitulada “Falta de experiência está entre as principais
causas de acidentes nas estradas”, em 03/01/2013, de autoria de Ronan Pierote e
Juliana Hasse.
O
texto citado retrata fatores que promovem acidentes nas rodovias do país, porém,
e nas áreas urbanas? São nesses locais onde há grande concentração de veículos,
ou é mentira?
Não
há discordância de que os acidentes nas rodovias são preocupantes, em virtude dos
riscos de gerar óbito em função da velocidade. Porém, se observar as
estatísticas nos centros urbanos pode-se verificar o grande número de acidentes
viários. A quantidade de automóveis versus espaço urbano, a proximidade dos
veículos,
pode ser um dos sinalizadores do crescimento de acidentes. Só para
ilustrar o que estamos falando, apenas na Região Metropolitana do Recife (RMR),
composta por 14 municípios, em dezembro/2011 eram 1.027.563 veículos
registrados no DETRAN/PE, já no mês de Novembro/2012 conta-se 1.101.460,
significando que 73.897 veículos entraram em circulação nas mesmas ruas e avenidas
da RMR, somados a inexperiência e a falta de atenção ao volante provocam um
número elevado de acidentes, vitimando muitas pessoas.
Como
já vimos, a proximidade dos veículos nas vias urbanas favorece ao aumento dos
acidentes, contudo, existem outros fatores que promovem as colisões,
abalroamentos, entre outros. A geração dos acidentes de trânsito baseia-se nos
seguintes fatores: Humano, Via, Meio Ambiente e Veículo (amplamente abordados
em Direção Defensiva), porém iremos nos ocupar com o fator humano, apenas.
A
matéria “Falta de experiência está entre as principais causas de acidentes nas
estradas” conceitua Negligência, Imprudência e Imperícia, indicando-as como as
três principais falhas humanas na condução veicular.
A
falta de habilidade ou de conhecimentos necessários para conduzir automóvel
constitui um fator de risco para o trânsito nas cidades, já que a destreza é
elemento necessário à realização de qualquer atividade, não poderia ser
diferente na condução dos veículos. Isso leva a seguinte reflexão: Ou os
Centros de Formação de Condutores (CFCs), mais conhecidos como autoescolas, não
estão preparando devidamente os candidatos a 1ª habilitação ou, então, estes
estão dando pouquíssima importância aos conteúdos da legislação de trânsito e das
atividades práticas exigidas, estudando basicamente para obter aprovação nos
exames dos DETRANs.
Por
outro lado, as áreas urbanas transformaram-se em espaços de disputas sem fim, o
estresse virou estado normal dos indivíduos, a corrida contra o relógio é mais
importante do que as relações sociais, e nesses casos a atenção fica
prejudicada. Além disso, o “Eu” ou o “Meu” prepondera sobre os demais e isto me
faz negligente e imprudente, resultando em tantos avanços de semáforos, excesso
de velocidade, utilização de celular ao volante, estacionamentos em locais não
permitidos ou impróprios, caminhões com excesso de carga, dentre tantas outras
ocorrências. Há até quem defenda que beber e dirigir não constitui perigo de
acidentes. Só mesmo uma mente insana para afirmar isto!
Em
resumo, a falta de educação constitui perigo a mobilidade das pessoas. Então,
aos candidatos a 1ª habilitação a educação e qualificação será ofertada nos
CFCs, a partir de melhorias na qualidade de ensino, motivação dos instrutores,
incentivo e apelo para que os alunos dediquem-se nas atividades de aprendizagem.
Agora, para os condutores imprudentes e negligentes a educação deve ser
promovida com mais rigor nas fiscalizações, autuação e punição dos infratores do
Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Assim, certamente as vias estarão mais
seguras e, consequentemente, menos acidentes virão acontecer.
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