domingo, 13 de janeiro de 2013

Experiência e Atenção: fatores que evitam acidentes


Por Altino Ventura

Esse texto é uma readaptação à matéria veiculada nos site da Perkons, intitulada “Falta de experiência está entre as principais causas de acidentes nas estradas”, em 03/01/2013, de autoria de Ronan Pierote e Juliana Hasse.

O texto citado retrata fatores que promovem acidentes nas rodovias do país, porém, e nas áreas urbanas? São nesses locais onde há grande concentração de veículos, ou é mentira?

Não há discordância de que os acidentes nas rodovias são preocupantes, em virtude dos riscos de gerar óbito em função da velocidade. Porém, se observar as estatísticas nos centros urbanos pode-se verificar o grande número de acidentes viários. A quantidade de automóveis versus espaço urbano, a proximidade dos veículos,
pode ser um dos sinalizadores do crescimento de acidentes. Só para ilustrar o que estamos falando, apenas na Região Metropolitana do Recife (RMR), composta por 14 municípios, em dezembro/2011 eram 1.027.563 veículos registrados no DETRAN/PE, já no mês de Novembro/2012 conta-se 1.101.460, significando que 73.897 veículos entraram em circulação nas mesmas ruas e avenidas da RMR, somados a inexperiência e a falta de atenção ao volante provocam um número elevado de acidentes, vitimando muitas pessoas.

Como já vimos, a proximidade dos veículos nas vias urbanas favorece ao aumento dos acidentes, contudo, existem outros fatores que promovem as colisões, abalroamentos, entre outros. A geração dos acidentes de trânsito baseia-se nos seguintes fatores: Humano, Via, Meio Ambiente e Veículo (amplamente abordados em Direção Defensiva), porém iremos nos ocupar com o fator humano, apenas.

A matéria “Falta de experiência está entre as principais causas de acidentes nas estradas” conceitua Negligência, Imprudência e Imperícia, indicando-as como as três principais falhas humanas na condução veicular.

A falta de habilidade ou de conhecimentos necessários para conduzir automóvel constitui um fator de risco para o trânsito nas cidades, já que a destreza é elemento necessário à realização de qualquer atividade, não poderia ser diferente na condução dos veículos. Isso leva a seguinte reflexão: Ou os Centros de Formação de Condutores (CFCs), mais conhecidos como autoescolas, não estão preparando devidamente os candidatos a 1ª habilitação ou, então, estes estão dando pouquíssima importância aos conteúdos da legislação de trânsito e das atividades práticas exigidas, estudando basicamente para obter aprovação nos exames dos DETRANs.

Por outro lado, as áreas urbanas transformaram-se em espaços de disputas sem fim, o estresse virou estado normal dos indivíduos, a corrida contra o relógio é mais importante do que as relações sociais, e nesses casos a atenção fica prejudicada. Além disso, o “Eu” ou o “Meu” prepondera sobre os demais e isto me faz negligente e imprudente, resultando em tantos avanços de semáforos, excesso de velocidade, utilização de celular ao volante, estacionamentos em locais não permitidos ou impróprios, caminhões com excesso de carga, dentre tantas outras ocorrências. Há até quem defenda que beber e dirigir não constitui perigo de acidentes. Só mesmo uma mente insana para afirmar isto!

Em resumo, a falta de educação constitui perigo a mobilidade das pessoas. Então, aos candidatos a 1ª habilitação a educação e qualificação será ofertada nos CFCs, a partir de melhorias na qualidade de ensino, motivação dos instrutores, incentivo e apelo para que os alunos dediquem-se nas atividades de aprendizagem. Agora, para os condutores imprudentes e negligentes a educação deve ser promovida com mais rigor nas fiscalizações, autuação e punição dos infratores do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Assim, certamente as vias estarão mais seguras e, consequentemente, menos acidentes virão acontecer.


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