sábado, 24 de março de 2012

Acidentes de Trânsito, quais os resultados?


Por Altino Ventura


Congestionamentos! Ah, congestionamentos!?!


   
   A reclamação é geral quando o assunto é fluidez viária, via de regra, por causa dos congestionamentos frequentes, especialmente, nas grandes cidades brasileiras.

   Dia a dia vemos os meios de comunicação noticiar sobre o crescimento econômico do país, o que é bom para os brasileiros, mas ruim para a mobilidade das cidades, uma vez que, com mais recursos financeiros e facilidades de crédito, a população vem adquirindo novos veículos que, somados aos já existentes, provocam
lentidão nas vias abertas à circulação. Até porque, a abertura de novas vias não acontece na mesma velocidade da fabricação e da comercialização dos carros.

   Mas não é só isso. Outros fatores também provocam congestionamentos como estacionamento de veículos em local proibido ou inadequados; falta de planejamento para os deslocamentos, assim como, os acidentes de trânsito que tem crescido assustadoramente. Este será o foco da nossa abordagem.

   Acidente de trânsito é um fenômeno meramente evitável, apesar de não ser premeditado. Se não fosse a imprudência, ou até imperícia, dos condutores, os números de acidentes seriam muito menores. Segundo o DETRAN/SP 80% dos acidentes de trânsito acontecem em áreas urbanas. Só para que se tenha ideia, no município de Porto Velho*, capital de Rondônia, em 2010 aconteceram 7.897 acidentes, desses 5.047 tiveram vítimas. No Rio Grande do Sul, tratando-se apenas das rodovias estaduais, 11.939 acidentes ocorreram em 2010 envolvendo 21.173 veículos**, deixando 8.189 pessoas feridas e 525 mortas. Atualmente, com base nas informações prestadas à imprensa pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) sobre acidentes de trânsito, em média, cerca de 50 acidentes acontecem por dia na capital pernambucana. E isto também provoca muitos congestionamentos.

   Além dos incômodos à sociedade, não se tem ideia sobre os custos que os acidentes de trânsito provocam. São os mais diversos, como: danos materiais; danos a equipamentos viários; custos de atendimento às ocorrências; custos hospitalares; custos funerais; custos judiciais; sofrimento; tristeza; dor; danos psicológicos, entre outros. Incluem-se os custos diretos, aqueles relacionados aos recursos utilizados para tratar os desfechos provocados pelos acidentes, e os custos indiretos, relacionados aos custos de produtividade, referindo-se aos danos a habilidade ou ao exercício profissional, bem como na possibilidade de realizar atividades de lazer devido aos ferimentos, ou mesmo, morte. Tudo isto implica em custos pecuniários, ao mesmo tempo em que interferem na eficácia dos diversos serviços públicos oferecidos a população, entre eles: atendimentos nas unidades de saúde; eficiência dos atendimentos dos órgãos de trânsito ou rodoviários; resgate de vítimas; ofertas de serviços pelas companhias de energia elétrica, etc.

  Não se podem esquecer, também, os custos relacionados aos congestionamentos, com implicações diretas sobre gastos de combustíveis, desgastes de peças e equipamentos dos veículos, sem contar o tempo perdido pelos usuários do trânsito. Quem pagará esta conta?


   Atitude cidadã é aquela que procura, antes de qualquer coisa, evitar transtorno a sociedade, exercendo a sua liberdade (relativa) respeitando a liberdade dos outros indivíduos. Com isso, evite acidentes! Quem ganha é a sociedade, quem ganha somos nós.





*Fonte: Anuário de Estatísticas de Acidentes de Trânsito do DETRAN/RO em 2010.
**Fonte: Acidentalidade nas rodovias estaduais no Rio Grande do Sul/2010 (DAER).



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